[01 x 06] - Fato ou Ficção

Entrar naquela floresta certamente não era mais interessante que ver o meu jogo. Porque eu apostei um bom dinheiro nos Dodgers e eu adoro ver o meu dinheiro descer por um ralo.

Não tem nada de muito interessante nessa floresta... nada que uma floresta normal já não tenha, como pedras, arbustos, árvores e... Que pedra maneira! Mas ainda... é só uma pedra.

Eu começo a ficar enfadado daquilo tudo quando minha lanterna ilumina algo branco. Sejamos sinceros... existem poucas coisas brancas e que refletem a luz de uma lanterna em uma floresta... como neve ou margaridas. Estamos no meio do verão... não têm neve e nem margaridas. Não... aquilo é um papel.

Eu olho o que está escritos...

"Não olhe, ou isso o levará!"

Hmmm... eu já vi coisas demais nessa vida pra me assustar com um bilhete com letra de analfabeto. Isso chamou a minha atenção e acabou de tornar a minha noite mais interessante.

Eu engatilho a minha arma, deixando a bala na agulha e começo a procurar com mais afinco. Tiro o papel dali e levo-o comigo.... tá na hora de caçar uma lenda urbana...

BREE:
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Aparantemente, ele estava ali mesmo Bree. Mas a pergunta certa seria...Onde é "ali"?

Na sua cabeça. No limbo...Vai saber.

Como não observava Dom, era dificil saber suas reações, sendo que ele parecia tambem pouco interessado em lhe observar diretamente. Contudo, a resposta para sua pergunta fazia com que ele se aproximasse.

- E olhe como isso terminou para nós...Para mim.

Ele colocava ambas as mãos em seus ombros Bree.

E era dificil achar que aquilo não era real.

- Então você é a unica que culpa você. Não foi sua culpa, não foi culpa de ninguém. Algumas coisas simplesmente acontecem: As minhas...Escolhas de merda fizeram que acabasse assim. Eu não era responsabilidade sua Breanna.

Dom olhava por mais alguns segundos a mais para você, como se quisesse frizar até as palavras.

Para depois solta-la e respirar pesadamente. Apesar de que...Bem, ele não precisa mais.

- Você chegou perto mas vai voltar B. Não da tempo de explicar tudo mas eles precisam de você. Acha que nós eramos fudidos? Esse pessoal ganha um premio...Mas talvez varios errados façam um certo?

Um sorriso desanimado. Cansado.

- Acabou o tempo... - E ficava parado olhando para você. Pensando.

Afinal, era complicado pensar no que dizer.

Pela ultima vez.

VICTOR:
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Não importa o que estivesse acontecendo, ter uma arma é segurança.

Talvez por isso o ancião, ou o que deveria ser ele acompanhava com os olhos enquanto você apontava para o fogo e baixava a arma.

Ele até mesmo...Sorria.

- Você sabe de muitas coisas Lobo Guerreiro, entretanto algumas vezes parece se recusar a "não saber".

Ah claro. Esclarecedor.

- Agora por exemplo, sabe que isso não é real. Então...O que o leva a crer que tem sua arma?

E ao ouvir, pensar e perceber isso ela sumia Victor. Indo parar em lugar algum.

O ancião tinha uma risada baixa, que virava uma tosse contida.

Ele olhava por alguns instantes para você, como faria no conselho.

Esperando que sentasse.

Mas ele não tem o dia todo, se bancar o teimoso, sua especialidade ele volta a falar de qualquer forma:

- Quando nos encontramos da ultima vez...Lhe explicamos como seu destino se interlaçava com o das garotas, porque era, e ainda é importante. Alertamos que algo tinha atenção voltada para vocês. E...como você usou esse conhecimento?

Alertas. Conselhos. Ninguem te obrigou a nada.

Claro, talvez eles esperassem que você fizesse...Diferente

Ja que ele sabe o que aconteceu Victor.

Mesmo assim, aparentemente ele quer que você diga.

Acredite quando digo que não era só Willow que queria estar a uns bons km dali.

Mas o livro, parece colaborar, e naquelas palavras que somente Allison consegue ler, não é nada muito complicado. Dar as mãos, recitar umas palavras.

Eu disse nada complicado?

Sendo Victor quem estava ali naquele momento, tudo que Allison queria era um encantamento que tivessem que dar as mãos, pode apostar. Porque essa porra de livro não pediu um litro do meu sangue? Merda.

Mas não vamos criar um grande caso por isso, a garota está morrendo, não há muita coisa que possamos fazer além de seguir as instruções.

Ela percebe o tempo que você demora para segurar em suas mão, Victor. E ao tocar a mão tatuada com o esmalte escuro, você pode sentir ela estremecer levemente. Por uma fração de segundo, qualquer outra pessoa provavelmente nem notaria. Mas você percebe, e ela sabe que você perceberia.

Se não tivesse olhado para baixo, teria notado o rosto ficando levemente avermelhado, por um, dois segundos antes dela retomar o foco do que estava fazendo, e dizer as palavras que o livro indicava, embora mal soubesse o que elas significavam.

Havia sido assim desde que utilizou ele pela primeira vez: Confie nele, e ele fará o seu trabalho.

Mas.. nada acontece.

Não costumava ser assim. O livro nunca havia falhado antes.

Os segundos parecem se arrastar, e quando Willow resolve falar, uma força invisível os joga para longe.

Allison sente a dor das suas costas batendo contra a parede dura, e vê que Victor e Willow também foram arremessados para longe.

Ainda sentada, a tatuada cerra os olhos, tentando entender o que aconteceu ali. Seu corpo dói, e a sua cabeça também. Sua visão começa a ficar escura, e ela sente que vai apagar.

Um último pensando consciente?

Talvez eu esteja confiando demais em forças que eu não entendo. Eu.. não sei se estou no caminho certo.

Foi então que tudo ficou escuro.

ALISSON:
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Bem...Sempre tem um preço. E talvez segurar a mão de Vitor parecia um problema.

Mas logo não é mais. Uma vez que algo aconteceu. Apesar de não sabermos bem o que.

Tudo que importa é você perdendo a consciência devagar Alisson, enquanto tem um ultimo pensamento.

Um pensamento, uma duvida.

E seu olhar ainda vai ao livro que parece ter as paginas ainda se movendo...

O curioso agora é que você tem a impressão clara, de não ter desmaiado.

Mas é como você acordasse.

Mas você não esta ali. Não tem apartamente, não tem Wil, Bree...E bom, não temos Victor.

Ok, já é alguma coisa.

Você parece estar em um cenário externo Alisson, em algum lugar que lhe parece mais um "vilarejo". Uma vez que não tem nada remotamente parecido com um prédio, carro ou nada familiar por perto.



Eu teria mais detalhes para você Alisson mas...Você não presta atenção em mais nada.

Não depois de olhar O que esta vestindo

Roupas

ANNE:
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Spike (in)felizmente não percebia seu sorriso euquanto se afastava de costas Anne.

Entretanto:

- Você esta começando a BABAR no chão Anne...Também te bateram na cabeça?

Você conseguia perceber Spike balançando a cabeça negativamente com o comentário de Faith.

Talvez ainda...Rir baixinho?

Vai saber.

- Vocês começaram a se pegar "Sem que você pudesse controlar"? - Falava ela antes de ouvir a narrativa, olhando para os lados e para os inimigos mortos sem nada dizer, enquanto você terminava.

- Mas...Perai. - Ela falava em voz baixa, olhando para você. - Isso tudo foi...Antes de vocês começarem a se pegar?

Ela parecia REALMENTE em dúvida, sem sorrir.

Até seu olhar desconcertado aparecer, para ela rir mais abertamente.

- Falou a palavra magica, sabe... Alerta de Spoiler: Spike teria ido se você tivesse convidado... Just saying.

Mas não se prenderia mais naquilo, ela apenas precisaria fazer algo antes.

Ou melhor...Passar por um lugar nem perto, nem longe.

DEAN:
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Ok Dean, não podemos exigir que você esteja impressionado com um papel.

Contudo, ele é a coisa mais interessante que você viu desde que entrou na floresta.

Mas tudo bem, apenas fique longe da versão beta do jogo para PC, você pode se decepcionar.

Após alguns instantes do que vou me referir como tédio absoluto e como você trocou um jogo por um passeio noturno no meio das arvores, você acredita ouvir um barulho, apesar que esta altura acredita ser mais o som dos seus próprios passos.

Mas não é.

Então prontamente você espera, aguarda. Até o momento certo.

De sair detras da arvore com sua arma em punho e apontar para.

- Wow Dean! Tempo! - Faith, devidamente seguida por Anne logo a sua frente. - Floresta, estranha, histórias estranhas. Eu e Anne passamos aqui para dar uma olhada mas você chegou antes.

Quando você pensa "Como diabos elas estão no meio da floresta" você percebe que voltou ao seu ponto de partida. Isso parece bem...Estranho.

Talvez não, você perambulou a um bom tempo. Sozinho.

Não lembra de ter voltado mas...Não da para ter certeza.

Mas esta tudo ali, a praça, seu carro.

Faith e Anne.

- Eu faria uma piada mas...Vocês estão sempre apontando, atirando então eu vou pular essa parte. Sério Dean, talvez você ache que "eu não sou eu", mas se você atirar eu morro, sério. Viver esta entre minhas coisas favoritas, diz para ele Anne.

Anne não parece tão tranquila. Observando.

- "Vai Dodgers"? Ok, escapou.

Parecia uma Faith bem convencente.

Talvez porque é ela. Sem truques.

Mas ei, a paranóia é toda de vocês.

Dean ouviu o barulho em meio a mata. Ele manteve-se em silêncio e saiu com a arma em punho apontando, já preparado para gritar um clássico "freeze", quando...

Dean: Faith...? Anne?! O que diabos vocês estão fazendo aqui?

Dizia enquanto guardava a arma no coldre da costela.

Dean: Relaxa, Faith... eu não estou achando que não são vocês. O que vocês estão procurando por aqui?

Riu quando ela fez a piada dos Dodgers.

Dean: É... mas estávamos levando uma surra...

Ele retirou o papel do bolso e disse.

Dean: Eu estou seguindo a pista de um "legenderman"... um garoto que acredito estar falando a verdade me fez vir até aqui e achei isso. Pode ser uma brincadeira de mau gosto, mas... vocês sabem que nunca é brincadeira, não é?

Não chegou a falar nada a respeito da nova implicância de Faith, apenas sustentou a carinha emburrada e conteve o impulso de levar a mão até os lábios e checar se havia baba ali ou não. E apesar de já estar se afastando da dupla, Spike ainda se encontrava próximo o suficiente para escutar os comentários de Fay, que tinha uma língua enorme, ao ponto da mesma não caber dentro da própria boca!!! Anne cruzou os braços e a encarou de modo fingidamente desentendido.

Faith simplesmente deletava as partes que achava conveniente.

- Fay!

Dessa vez, não negou porque NÃO ADIANTAVA.

Suas palavras entravam por um ouvido e eram cuspidas pelo outro.

Anne a fitava com uma expressão de paisagem... mas uma paisagem muito bicuda.

- Será que batendo de novo você volta a pensar direito?

Provocou de levinho, porém suspirava em seguida, jogando a toalha da desistência. Faith era invencível... e, de repente, concluir isso puxou outro tipo de pensamento. Quase não conhecia o passado da Caçadora. E com essa perspectiva, notava que, na verdade, não conhecia as histórias de quase ninguém do grupo... Quer dizer... Do ex-grupo, né? Enfim, prestes a retornarem ao assunto sério, Faith soltou uma frase que começava a se tornar “constante”.

- Acho que sim...

Ela suspirou e ficou meio pensativa. Então, quando Faith disse que precisava passar num lugar antes, Annelisa concordou e seguiu com a Caçadora.

Logo, começaram a sair daquele beco.

- Para onde nós vamos, Fay, hum?

Pelo horário, não corria o risco de ser outra boate.

Próximas de uma praça, as duas tiveram a absurda surpresa de se depararem com...

- Dean?

Outra vez?

Franziu o cenho, ainda mais ao ver a arma apontada na direção de Faith.

- Hey, sim... Ela é a Faith e eu sou a Anne. Por que não seríamos... ah, esquece. Ia ser uma pergunta bem idiota depois de... deixa pra lá – revirou os olhos além de relaxar a postura assim que o policial pareceu entender que não eram fakes, ou algo do tipo. Como Faith já tinha explicado o motivo de estarem ali, somente concordou. Dean, após responder a brincadeira de jogos, falou a respeito da busca de provas sobre uma lenda.

Lendas que, de fato, nunca são só lendas.

- O que é?

Esticou a mão e se Dean lhe desse o papel, checaria o conteúdo.

ALISSON:
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Se divertindo Alisson? Que bom.

Mas o passado parece mais divertido na teoria, especialmente ao notar que você tem duas escolhas com aquela roupa: Tropeçar ou pisar na saia a cada meio metro. Beeeeem legal né?

Enquanto você anda pelas ruas porém, algo mais lhe chama a atenção no reflexo de uma das janelas: Você. Mas...O fato que não é o seu rosto que esta vendo. Legal, agora além de viajante de tempo você passou a ser uma invasora de corpos.

Você ainda esta tentando colocar algum sentido em tudo isso quando finalmente escuta algo, o que parecem ser vozes. Andando o mais rapido que suas roupas permitem, consegue chegar ao que parece ser uma praça bem ampla, com não algumas mas dezenas de pessoas. E todas elas parecem com a atenção em outro ponto...



- QUEIMEM A BRUXA!

E os gritos se intensificam, cada vez mais altos e decididos.

Como esta sua experiência no passado Alisson?

ANNE:
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Ao menos Faith esta se divertindo. Apesar que Spike não parece ter reclamado...

A medida que ele se afastava, e vocês se afastavam, ela dava de ombros ao seus comentários.

- Ann...Não é como se eu tivesse dito algo que alguém ali ainda não sabia...Ou você acreditou que - Ela fazia aspas com os dedos - "Coincidentemente" ele apareceu para lhe ajudar quando precisava?

Pois é. Então.

Após seu ultimo comentário um tanto desanimado, ela completava:

- Ei porque o desanimo? Vai ter uma próxima, não ouviu o que ele disse? Dai você pode convida-lo para... Hmm... "Me acompanhar até em casa para...Caso algo de errado, sabe? Apenas por segurança."

Uma coisa você sabia: Faith era muito boa em imitar os outros.

ANNE E DEAN:
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Em um piscar de olhos, ou uma virada de cabeça de Dean na direção e Anne, as mãos de Faith ja estavam nos bolsos da jaqueta.

É sempre bom não levar tiros.

Imaginando que Dean não iria se opor, o papel mostrava o que parecia ser um alerta. Nada que não se tenha visto em 200 paginas da internet com relação ao Slenderman. Verdade seja dita, se importando, tendo medo ou não qualquer um de vocês ja havia ouvido falar, o fenomeno que havia se tornado a ponto de algumas pessoas confundirem a fantasia e a realidade.

Fato ou Ficção.

- Que Bacana...Você pegou um autografo? Sabe, dizem que ele é tímido.

Faith não ria entretanto, e ficava olhando distante em direção as arvores.

Afinal, realmente dificilmente as histórias eram apenas histórias.

- Confunde um pouco as coisas quando é algo que...Bem, metade do planeta costuma falar a respeito, ele é quase o "Bicho-Papão" da nossa época. Anne ja deixou as luzes do quarto acesa por causa dele alguns dias.

Ela estava brincando Anne.

Estava?

- Se fossemos investigar todo relato dele, seria um trabalho sem fim mas...Desta vez pode ter um fundo de verdade. Sabe, existe um pouco mais ligado a esse lugar, essa história... Em meio a tantas coisas, essa acabou "passando em branco" e nunca tivemos muito tempo de investigar. Mas se quiserem eu posso dar uma "luz" para vocês. Pode ser mais util que andar pela floresta que ja foi vasculhada duas centenas de vezes.

Verdade.

- Ou podemos fingir que nada aconteceu, afinal tudo parece um monte de nada até agora. - E dava os ombros

Então, O que vocês tem a perder?

Claro que sempre podemos dizer "não".

Quem quer sair caçando lendas afinal?

Sim, arma sempre foi meu porto seguro.

Ganhei minha Colt 1911, essa mesma que acaba de desaparecer, quando crianças ganhavam brinquedos.

E ela me acompanhou pela vida inteira.

Por isso, sim… Quando ela está em minha cintura ou em minhas mãos, é impossível não sentir-se mais seguro.

Calmo.

Mas, obviamente, ela não existe aqui.

Até mesmo esse ancião… Ele é real, ou apenas fruto do feitiço? Algo para mexer comigo?

Magia sempre tem um preço.

De qualquer modo, sim, Victor sentava-se.

Porque não adiantava ser teimoso agora.

E então vinha a pergunta.

Victor suspirava antes de responder.

- Destino está escrito com barro as margens de um rio… Pode ser apagado, mudado ou mesmo moldado. De qualquer modo, elas não são o que eu achava que eram. Não são humanas. Uma delas é uma bruxa… A outra eu nem mesmo sei o que é… - Ele suspirava, desviando o olhar – Meu pai já teria matado ambas, se você é real, sabe disso… E eu não conseguiria fazer isso. Já é demais achar que eu possa ter amaldiçoado uma delas… O melhor destino para elas é manter-se longe. E se possível, escondidas, para ninguém como eu caçá-las…

Afinal, essa é minha missão.

Na puta que pariu.

É onde Dom estava, na puta que pariu.

E então vinha aquelas respostas que soavam a mais perguntas.

Perguntas que seriam eternamente feitas e não teriam respostas algumas, malditos labirintos sem fim e nenhum deles traria seu irmão de volta.

E então Bree pode sentir as mãos em seus ombros, e ela abaixou os olhos e suspirou fundo, fechando-o lentamente. Ele vinha com frases de auto ajuda: “não foi culpa sua, não foi culpa de ninguém”

Bree revirou os olhos e logo afastou as mãos de Dom de seus ombros, mas as segurou, unidas.

- Dom...Não importa, você entende ? Não é sobre me culpar, não é sobre procurar culpados, é sobre estar perto de você. Você não era minha responsabilidade Dom, mas era a pessoa que eu mais amava em minha vida, e não ter mais você por perto, está me matando dia a dia. Assumir a culpa e a responsabilidade disto, foi o modo que vi de estar perto de você, mesmo que seja me punindo, me martirizando, ainda assim é sobre você.

Bree apertava de leve as mãos do irmão.

- De um jeito estranho, eu não me sinto infeliz assim, eu sinto sua presença, eu sinto que ainda sobrou algo, e é suficiente pra mim, Dom.

Bree deu umleve sorriso, e então ouvia ele dizer, que as pessoas precisavam dela, e que aquele pessoal tinha mais merda do que os dois juntos.

- Você sabe que eu não me importo, certo Dom? Só estou fazendo meu trabalho.

Bree recuou um passo.

- Eu te amo, Dom...E não se preocupe, eu estou bem com o pouco que restou.

VICTOR:
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- E você continua achando que sabe das coisas. - Ele ria divertidamente, olhando para um "chão" nulo. - Mas ao contrário do que parece, eu não estou aqui para lhe "obrigar" a fazer nada, você deve acreditar em seus instintos, afinal...

Afinal, Você não se chama "Lobo Guerreiro" à toa.

- Era o modo que seu pai atuava, e não o seu. E eu sei o bastante para saber que ele se orgulharia. - A confiança que ele falava isso tudo, demonstrava que era um pouco mais do que palavras vagas para fazê-lo se sentir melhor...Contudo, ele tinha outro objetivo.

A figura se levantava devagar, sem entretanto se afastar, demonstrando certo esforço, como um humano "de verdade" em idade avançada faria.

- Existem coisas sobre ele que você não sabe, sobe você que você não sabe, e sobre elas que elas não sabem. Entende a constante?

Dizer que sim ou que não seria ao menos parcialmente, mentira.

- Elas vão morrer sem você, assim como eventualmente, vão morrer com você. Existem caminhos para isso, possibilidades, o processo que explicou em sua analogia esta correto... Mas acredite que as vezes o destino pode ser teimoso: Vocês não são mais apenas os peões no tabuleiro Victor... E as peças do outro lado, acreditam mais em destino que vocês. Desistir implica em eles vencer, e vão começar pelas peças mais fracas.

Para uma analogia, havia sido clara o bastante.

- Eu poderia lhe mostrar imagens de um futuro terrível lobo guerreiro, mas como você já disse, fazemos nosso destino. E como eu disse, não vim lhe dar lições de moral. Posso ser apenas um produto de sua consciência, uma forma que um de nossos guardiões lhe encontrou para lhe guiar, um efeito colateral de uma descarga de magia que lhe atingiu ou apenas um sonho significando nada...Qual deles você quer acreditar?

Obviamente, era uma pergunta retórica.

- Agora, como sua busca é repleta de dúvidas e perguntas, sobre o que gostaria de saber mais? Bree? Alisson? Anne? Sua maldição? Lobisomens brancos? As "peças do outro lado do tabuleiro"? Afinal de contas, eu sou um guia.

Ou ao menos parecia com um.

Escolha bem Victor. Estamos ficando sem tempo.

Nós nunca, nunca realmente temos tempo.

BREE:
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Quem precisa de terapia?

Afinal estamos colocando para fora.

Sim, é uma merda. Mas até que faz bem.

- Sabe aquela voz beeeeeeeeem baixinha que você escuta por meio segundo, e ignora antes de fazer merda? Quem você acha que é Bree?

Ele sorria. Devia ser uma piada.

Talvez.

- Então você não esta tão ruim quanto pensa. Mas não se engane...Eu não sou a unica voz da razão nessa cabeça oca. Ja é bem mais do que um Indio que quer ajudar os outros mas fica julgando quem precisa. Pode começar por ele? Meio que salvou sua vida e tal...Sabe, todos eles.

Ele olhava você recuar, colocando uma das mãos no bolso do casaco

- As vozes estão sempre em nossa cabeça Bree, as suas apenas estão falando mais baixo. Para de bancar a fodona que não se importa e faz seu trabalho então, eu também não ligo.

E sorria. E piscava.

Alguns segundos meio longos, que se estendia por minutos.

Era só aquilo? Havia sido bem simples. Talvez logo acordasse.

Entretanto.

- Bree, espera. Que se dane... Escuta, eu devia deixar isso pra la... Tem uma razão ok? Um "porque". Eu queria que você ficasse fora, mas...

A voz que havia ficado rapida e descontrolada nos ultimos segundos era cortada, enquanto você acordava em um quarto, mobilhado e bem
iluminado. Limpo, bem limpo. Cheirava a amaciante e sabão em pó.



Você passaria mais tempo reparando se desde que acordo naquela cama não tivesse vomitando o que parecia ser agua. Realmente, era como se tivesse se afogado. Não tinha cheiro, cor e  nem nada, era como se você tivesse bebido uns 2 litros de água.

Após recuperar o ar que não temos, você pode olhar mais ao redor.

E depois...?

A caminhada não durou muito e sobre as palavras de Faith, Anne apenas acenou discretamente, mas a Caçadora poderia enxergar as engrenagens trabalhando na mente da loira. Eram coincidências sim... certo? Afinal, por quais motivos Spike ficaria meio que a vigiando por aí, hein? Ela coçou a têmpora, um tanto perdida nas próprias reflexões. Percebendo a expressão da parceira, Fay tentou animá-la e acabou ganhando um sorriso como principal resposta junto de uma revirada dos olhos, mas esta, diferente das anteriores, foi bem mais dócil – Faith... Você não tem jeito mesmo... – suspirou ao fim.

No entanto, a cabeça da menina mantinha o constante funcionamento.

Riu da PÉSSIMA imitação com a intenção de, finalmente, terminarem aquele assunto... complicado.

Ao menos na concepção de Annelisa.

E falando em complicações...

Dean surgia com um experimento de bomba sobrenatural.

No papel que ele tinha, Anne se decepcionou com a quantidade ínfima de conteúdo, além da superficialidade das informações, mas era sempre assim. Suspirou enquanto sentia um arrepio na nuca. Quem não conhecia a lenda do Slender? Aquela criatura enorme, esquisita, sem cara... cruzes. Ela devolveu o “autógrafo” para Dean.

Mostrou a língua para a implicância no comentário de Faith, do tipo “até pareceeeee”.

Entretanto, independente das frases dela parecerem carregar um verdadeiro tom de “tanto faz e tals”, Anne já tinha percebido algumas peculiaridades em Faith, como a de quando falava sério ou não.

- Bom... Não vejo razões para não dar uma checada – balançou os ombros, sorrindo com a típica animação – Não temos nada para fazer... por enquanto, né?

Ah, sim, claro...

Todos sabem que é mais fácil resolver os problemas do mundo do que olhar para os nossos próprios demônios.

Literalmente ou não, depende do contexto.

- O que passou em branco, Fay?

Sabe, o passado não parece tão divertido como nos livros. Sei lá, as pessoas ali provavelmente ainda morriam de varíola.

E além disso, o cheiro de esterco. É, o passado fede, meus amigos.

Mas Allison não tem muita escolha além de sair tentando não cair ao pisar na barra da saia. Preciso pesquisar em que ano foi inventada a mini saia. Ou ao menos a saia midi. Que coisa.

A sua grande surpresa se dá ao se ver refletida numa janela. Ao notar que não era ela que estava ali, mas uma pessoa completamente diferente. O que fazia Allie pensar se estava desmaiada na casa da Willow e aquilo tudo era um sonho, talvez?

Não, aquele cheiro horrível era bem real.

Esse é meu novo rosto por enquanto, então eu devo pensar num novo nome ou...? Antes que eu possa me dar conta, já estou viajando, pensando que meu nome é Alana, tenho 19 anos e sou casada desde os 12. 7 filhos.

O ruído me tira os pensamentos idiotas da cabeça.

"Queimem a bruxa"

Espero de coração que eles não saibam o que eu ando fazendo no futuro.

E apesar de saber que esta no passado e pode causar uma merda temporal, ser intrometida meio que é o charme de Allison, por isso ela segura a barra das malditas saias e vai até onde ouvia as vozes gritando para a bruxa ser queimada.

Só uma olhada não deve matar. Eu acho.

Se esgueirava entre aquelas pessoas, tentando entender o que estava acontecendo ali. Quem eles queriam queimar?

Depois de o papel passar de Faith para Anne, ele o pegou e guardou.

Dean: Um autógrafo...? Eu quero é um aperto de mãos e uma foto pra colocar no meu Instagram.

mentira... você não tem Instagram. A maioria dos policiais evita ter qualquer tipo de rede social.
Dean ouviu a provocação de Faith para Anne e deu um sorriso, dando razão a Faith.

Dean: Você não mudou, hein, Annie?

Bem, de fato era uma pista. Por mais que se fossem investigar tudo o que havia sobre ele levaria uma vida inteira, havia algo que dizia a Dean que aquilo era original. Era original porquê tudo o que caía no colo deles era original... aquelas meninas e ele eram um imã para coisas sobrenaturais.

Dean: Eu não acredito que "montes de nada" façam parte do nosso escopo, Faith. Na verdade, até se o carteiro bate na minha porta eu já imagino que ele é um carteiro demoníaco do sétimo círculo do inferno... Não... Isso é bem real.

Ele verificou a bateria da lanterna.

Dean: Eu concordo com Anne... Vamos checar e ver qualé a desse negócio.

ALISSON:
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Engraçado Ali...Você imagina tudo preto e branco, mesmo vendo as cores. Porque realmente...Combina

Mas as respostas sobre "Alana" vão ter que esperar, ja que temos uma multidão péla frente.

E felizmente, não parece ser sobre você: A multidão se concentra em duas figuras sobre o que parece ser um palanque. Um homem, segurando uma tocha com roupas tipicas parecendo ter saido de um filme de Frankestein fala com firmeza:

- Sarah Ravencroft...Por seus crimes contra a natureza, uso de bruxaria e realização de rituais contrarios aos ensinamentos do senhor, nós lhe condenamos a morte na fogueira. Existe algo que gostaria de dizer antes de procedermos?

A multidão grita, e você procura espaço tentando ver melhor a figura que não deve passar da faixa dos 30, com longos cabelos loiros e usando um vestido branco, mais uma vez um clichê de filmes classicos. Ela parece aguardar, e mesmo sem dizer nada a multidão se intimida a ponto que ela começa a falar:

- Vocês não entenderiam...Mas não importa. Encontrei a quem buscava...Ou talvez - Ela parece passar os olhos, e para-los em sua direção Alisson. - Ela quem tenha me encontrado.

O reflexo faz engolir seco, ja que cada segundo transforma aquilo mais em uma certeza.

- QUEIMEM A BRUXA! - Os gritos se tornam cada vez mais altos. E mesmo que você fale, tente intervir ou qualquer coisa do tipo você é abafada pela multidão Alisson. A tocha do homem se aproxima da madeira aos pés de uma Sarah amarrada, mas firme e confiante.

Ao instante que tudo congela. Como se apertassem o botão de pausa.

A multidão não fala, Sarah não se move. Até o fogo parece congelado.

- A intrépida Alisson Reynolds...Bagunçando com as linhas do Tempo-Espaço em benefício próprio! Francamente... - A figura feminina parece surgir de tras de um grupo de pessoas, e caminha em sua direção.



- E depois de todos aqueles discursos...Como você diz? "Poder e Responsabilidade"? Alisson, Alisson, Alisson.....

Não Alisson, não temos a menor idéia de quem ela seja.

Mas...Ela sabe quem você é, quem você REALMENTE é.

E...Não parece nada bom.

Bree apenas ficou encarando o irmão, enquanto ele dizia que de algum modo estava sempre com ela, embora ela nunca ouvisse voz alguma e nem ninguém, era teimosa feito uma porta, e este era o grande dom da família, não é Dom?
 
E então ele falava sobre o Indio e sobre as pessoas que haviam salvado sua vida.
 
- O que você quer Dom? Que a gente monte a escola do Prof Xavier dos retardados caçadores?...O Indio é grandinho sabe se cuidar, no máximo eu aconselharia ele a transar mais e falar menos.
 
Ops...Bree já está bem.
 
Mas logo Dom falava de modo serio e Bree arqueava a sobrancelha e logo abria os braços.
 
- E porque eu não posso não me importar, Dom? Porque todos tem que estar escondendo, disfarçando ou fugindo e algo? Eu faço meu trabalho é o que me resta, me importar é um bônus que está em falta, não estou bancado a adolescente mimada, eu apenas não sinto, eu não sinto!
 
Bree sacudiu a cabeça em negativo, e então o irmão falou daquele modo enigmático, e logo tuco começou a mudar.
 
Eu queria que você ficasse fora, mas...
 
Fodeu, certo Dom?
 
Logo Bree acordava, em um ambiente totalmente diferente do que estava antes, mas antes do antes estava em outro ambiente, então vocês querem foder toda a cabeça oca dela mesmo.
 
Bree sentou-se a cama e ficou encarando o quarto da Barbie que lavaram com Pompom em sua forma mais concentrada.
 
De súbito Bree vomitou agua sobre a cama, a jovem de imediato, passou a mão ao liquido, verificando se era viscoso, se era gosmento.
 
Tinha a sensação de ter se afogado, mas estava no quarto da Barbie.
 
Que porra era aquela?
 
- Fodam-se...
 
Não chamou por Dom, porque tinha plena certeza que ele não responderia. Ergueu-se da cama, e sem se preocupar com a decoração impecável da boneca Suzy, passou a abrir as gavetas todas que encontrava, arrancar almofadas, lençóis, colchões, revirava tudo em busca de algo a mais naquela quarto.
 
Caso nada encontrasse, iria ver se tinha uma porta e uma saída ou estava mesmo no Vale Encantado e logo encontraria um pônei.

Orgulho?

Não sei bem se ele teria orgulho.

Citar meu pai fazia com que eu sentisse uma súbita necessidade de baixar a guarda.

Se me abrir para aquele clima confortante que era estar próximo de um ancião.

E isso me fazia querer fechar-me ainda mais.

Por isso suspiro e foco no que interessava.

O que interessava era o que ele dizia e mais nada.

Esqueça dos seus sentimentos.

Guerreiros não devem dar vazão a sentimentos, lembra-se, Victor?

Este era seu pai falando.

- Elas não são humanas… - Ele dizia, mais para si do que para ele.

E, não sendo humanas, devem ser caçadas, não é?

As regras eram preto no branco. Ou havia algum cinza?

Me aproximar das duas novamente envolveria… Tantas coisas.

Tanta dor de cabeça.

Além do fato óbvio de eu ter decepcionado as duas ao sair por ai.

E sim, o guia poderia ser só um sonho maluco, não ser real… E eu devo continuar ignorando tudo e seguir meus instintos.

E então vinha a pergunta.

Respostas para tentar iluminar um pouco a escuridão.

Afrouxar os cabrestos da infindável teimosia apache.

Victor baixou os olhos por alguns segundos, como se saboreasse a pergunta.

Por fim ergueu, respondendo em um tom de voz baixo, e como sempre, excessivamente grave, naquela rouquidão que lhe era característica.

- “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...” - Citou, como um jovem estudante que havia decorado um livro.

Decorado, mas será que havia entendido, Victor?

- Quero saber sobre a maldição… E se possível, os lobisomens brancos…

Porque algo me diz que essa merda está interligada.

E se eu não sei nada sobre mim, como posso querer saber algo sobre meus inimigos?

Me encontrar. Ter foco.

E então foder com a vida alheia.

DEAN E ANNE:
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Faith suspirava com aquilo, meio olhando para o outro lado em uma atitude dificil de ser lida.

Talvez frustração, ou apenas cansaço fisico. Fechava os olhos e abria um sorriso:

- Certo...Eu sei que isso vai parecer meio bizarro, mas como devem saber, todo esse papo de criatura sobrenatural que corre atras de crianças surgiu na internet. - Ela abria os olhos - Mas... O que vocês não devem saber é quem exatamente começou com isso, e onde ele esta.

Duas boas verdades. Afinal de contas como rastrear algo assim?

- Por sorte, eu tenho uma amiga meio nerd e meio bruxa, e a alguns dias...Descobrimos quem é, e por isso estamos na cidade crianças. Mas...Não quer dizer que ele seja a CAUSA, ele pode simplesmente ter escrito...Sobre o que viu, ou o que estamos vendo surgiu pelo que ele escreveu? Ele é...Tão comum.

Dava de ombros. No ramo de voces nada nunca era certo.

- Porém...Vocês podem ser mais teimosos que nós, pensar em alguma coisa. Policial bom e ruim? Odeio deixar o grupo, mas sabem como é mundo grande. Poucos caçadores. Vou mandar o endereço. Bem...Até mais.

Faith, após responder o que vocês perguntassem, começava a se afastar e parava por um segundo.

- A claro...Dean. Se um cara oxigenado de preto aparecer, tente n deixar a Ann agindo que nem uma boba ok? Ela tem um gosto estranho para homens.

E agora assim saia.

Horas depois, planos a parte é onde estamos.



Comum até demais.

Talvez o Slenderman goste de gramados.

Qual é mesmo o plano?

BREE:
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Nem nos perguntamos como estamos vivas?

Deve estar...Afinal de contas seu vomito, mesmo nojento parece bem normal...

Ou como estamos de Jeans e camiseta?

Não se preocupe, nenhuma é rosa. Parecem bem comums até.

Falando em comuns, enquanto voce REVIRA o quarto, tudo que encontra é isso, roupas. Dobradinhas, bem arrumadas e perfumadas de uma forma que quase da enjoo. Não tem problema ser cuidadosa por aqui Bree...

É claro que temos uma porta. Você não esta presa Bree...

- E a paciente acordou.



- Não fomos apresentadas...Bree, certo? E pelo que eu sei você não liga. Enfim, Victor trouxe você até aqui e...Acho que te "remendamos"?

Bem por ai Bree.

Pegue um segundo para colocar a cabeça no lugar ok?

VICTOR:
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Você parece gostar de perguntas dificeis Victor..Ai vão algumas:

- E o quanto Bree ainda era humana quando a salvou? Ou o que a garota ruiva havia se tornado...Fez com que fosse mais fácil?

"Como ele sabe". Era a pergunta que ecoava na sua cabeça. Talvez fosse realmente...Apenas coisas de sua cabeça.

Calma Victor, esta acabando.

Mas não deixava de ser um ponto válido. Claro, pode concluir o que quiser.

- Mas eu entendo. Não acredito que existam inocentes Victor, e seu código precisa servir apenas a uma unica pessoa. - Era óbvio que ele se referia a você. Permanecia em silêncio quando ouvia as suas palavras...ou seria uma citação? E sorria. Não exatamente surpreso mas satisfeito:

- A grande pergunta é...Se responder algo que não saiba, isso prova que sou real. Mas como saberá que pode confiar em mim?


Mistérios dentro de mais mistérios. Mas ele prometeu respostas não foi?


- Obviamente tudo esta interligado Victor. E...Mesmo que trilhe um caminho oposto, lembre o que disse: Os caminhos de vocês estão interligados, e não existem "inocentes". Tudo se interliga... Mas enfim, a maldição não corresponde unicamente a você, é algo mais antigo, que acompanha gerações e gerações e em algum ponto disso tudo, muito atras...Lobisomens Brancos. A Victor, quando conhece-los...

Silêncio. E o silêncio ao redor aumentava a medida que os sons iam sumindo.

- Acho que estamos ficando sem tempo. Não se preocupe, você é nosso escolhido e sempre tera nosso apoio, independente do que faça. Aqueles que não cometem erros jamais acertam. Mas...Por mais que lute sozinho, essa luta não é só sua. Tudo interligado Victor, e sem inocentes.

Ele estava se repetindo. E isso tornava ainda mais estranho, como um professor querendo ensinar algo a um aluno teimoso.

Ou um disco quebrado.

Ou...

- Victor?

- Victor. Victor. Victor. Victor.

Como se acorda quando não lembramos de ter dormido?

Aparentemente... Sentando. Ja que é como você reage, a medida que Willow da um pequeno "pulo" sentada e Bree lhe olha...Bom, sendo ela mesma.

- Nossa, achei que tinha perdido um dos meus pacientes. Seria um problema bem maior do que uma porta.

Aparentemente todos salvos?

Ou estamos esquecendo...Algo. Ou alguem?

Aprendi faz tempo que o mundo não é preto e branco, por que o passado seria?

Brincando com metáforas. Eu entendi. É como estar num filme antigo, em vez da minha voz, minhas falas vão aparecer em letras brancas sobre um fundo preto.

"Odeio o passado"

A mulher prestes a ser queimada se chamava Sarah Ravencroft. E era acusada de bruxaria.

E todos nós sabemos como é a forma que utilizavam no passado para reconhecer uma bruxa. Altamente científico.


Aulas de história? Não, obrigada, meu conhecimento histórico vem de Monty Python.

De fato, Allie já estava tentando pensar num plano para tirá-la dali, quando de repente aquela mulher amarrada parece.. olhar para ela. E naquele olhar, surgiram muitas perguntas. Além da óbvia, porque ela estava ali, quem era Sarah Ravencroft? Porque ela parecia me conhecer?

Ao passo de que no momento em que os olhos dela encontram com os meus me faz certeza de que eu preciso tomar uma atitude e rápido. A tocha do homem parece prestes a incendiar a palha e madeira que havia nos pés da mulher. Antes que eu possa tomar conhecimento minhas pernas já se adiantam numa corrida até...

Foi quando tudo parou. É como se tivessem pausado o filme, mas eu ainda consigo me mexer.

Uma sensação ruim toma conta de mim, enquanto eu vejo toda aquela multidão parada ao meu redor. Uma gota de suor escorre da minha, não, da têmpora da Alana, e eu vejo uma mulher, que assim como eu, não está congelada.

Uma mulher que de alguma forma era familiar, mas não da vida de caçadora, da vida "normal" que Allie levava antes.

???: A intrépida Alisson Reynolds...Bagunçando com as linhas do Tempo-Espaço em benefício próprio! Francamente... E depois de todos aqueles discursos...Como você diz? "Poder e Responsabilidade"? Alisson, Alisson, Alisson.....

Allison: Moça...Você já foi vocalista de uma banda de thrash metal? Ok, esquece, vamos tentar de novo: Eu não faço ideia do que você tá falando. Isso de poder e responsabilidade você deve ter visto no filme do Homem Aranha, porque eu nunca disse nada assim.

Essa é Allison Reynolds, que mesmo diante de uma ameaça e de uma possível inimiga, não perde uma piada.

ALISSON:
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O curioso Alisson, é que em momento nenhum Sarah pareceu se defender, resistir ou negar as acusações... Além do fato igualmente curioso de olhar diretamente para você. Isso significa que alguém pode ter algumas respostas. Bem, na verdade diante da garota a sua frente são pelo menos duas pessoas.

Claro que ao invés de questionar, a "Intrépida Alisson Reynolds" prefere fazer algumas piadas. A garota revira os olhos e sopra a própria franja, que cai na frente do rosto a medida que ela se move:

- Essa é sua pergunta? Nada como "Onde estamos?","Quem é você", ou ainda "Como faço para deixar o corpo de Alana?" - Sim, ela parece adivinhar o nome que você atribuiu a sua hospedeira segundos atras, e ri mediante ao seu espanto com isso.

Com certeza, não foi uma coincidência.

- Você não disse AINDA. Sabe, eu poderia dar uma longa explicação mas...Isso poderia ter resultados catastróficos e transformar a realidade como conhecemos em FARELOS e isso faria de mim...Bem, mais ou menos o que sou mas lhe daria razão, e isso é contra meus princípios.

Ela da alguns passos na sua direção, e você instinvamente recua mediante a figura insana se aproximando, o que resulta em uma gargalhada:

- Nada? Sem rajadas de vento, relâmpagos escarlates, nem mesmo...

Antes de completar a frase, ela ergue a mão despreocupamente, fechando a palma com força e susurrando:

- Atunuare. - E é como se ela apertasse seus órgãos internos com as mãos Alisson, e apesar do seu exterior inteiro, você cai mediante a dor de sentir suas estranhas sendo tratadas como massa de modelar. Ela gargalha enquanto você parece recuperar o ar

- Gostou das modificações que fiz? Deveria ficar orgulhosa Reynolds afinal... - Ela se interrompe batendo na testa - Claro! Você ainda NÃO SABE de nada, porque não aconteceu! Oh boy, me deixei levar. Bom, vamos ter que improvisar, vou lhe dar alguns segundos pare recuperar seu ar.

A jovem cruza os braços de maneira infantil nas costas, olhando enquanto você se recupera.

- Você morrer assim seria tããão ridículo - Comentava sussurrando.

O passado é mesmo um saco.