[01 x 06] - Fato ou Ficção

Estamos vivos porque somos um pé no saco e nem o capeta quer!
 
Errei?
 
Bree abria os olhos e os piscava constantemente e a ultima coisa que ia reparar é no que vestia, a preferencia era ficar pelada mesmo, mas já que não deu...
 
E obviamente ela revirava todo o quarto, procurando algo que nem mesmo ela sabia o que era, talvez bagunçar o quarto fosse uma forma de ordenar seus pensamentos.
 
Certamente uma Barbie modelo blerg habitava este quarto, e então Bree logo abria a porta, e ouvia aquela voz, não demorou muito para reconhecer a “Barbie”.
 
E então a mulher dizia que não tinham sido apresentadas, mas também não dizia seu nome, e ela dizia que Bree não ligava, e era verdade.
 
Bree mantinha os claros olhos sobre o da ruiva, e as ultimas palavras dela soavam estranha.
 
- Remendou?
 
O que caralho?
 
- Quem é você? E porque Victor me trouxe aqui? E porque tudo tem que ser tão rosa?
 
Os olhos de Bree corriam o ambiente em busca de Victor, e logo voltavam a ruiva,. Enquanto pensava no que podia jogar na cabeça dela.
 
Caso...
 
Fosse preciso.
 
Ou
 
Desse vontade.

Ainda não sentia-se disposta a ficar de brincadeirinha com Dean ou coisas como “você não mudou, mimimi”... Estava zangada, mesmo com o que aconteceu na última missão em que precisaram se juntar, os três. Ele, Allie e a própria Anne. Nada de Victor porque esse literalmente evaporou face de Terra, de fato, louco para se distanciar das problemáticas. Não. Da problemática. Afinal, o Índio convidou Allison para se juntar a ele e aquele carro idiota. Enfim... Eles a magoaram, o Índio ainda mais.

Já foi rejeitada uma centena de vezes e não imaginou que outras mil pudessem machucá-la. Mas machucou sim.

De toda forma, dane-se.

Estava bem agora.

Certo?

- Isso, começa a contar aí, Fay.

Prestava atenção nas palavras e nas reações da Caçadora, mantendo o silêncio até o final.

Claro que a Internet era um antro de informações falsas, mas também... nem tudo podia ser considerado mentira. Talvez ocorra uma aumentadinha ali, e outra aqui... Anne concordou, acompanhando o raciocínio. Descobrir a origem de tais casos era algo muito difícil mesmo.

Arqueou a sobrancelha e já imaginava quem era a amiga bruxa...

- O que a Wil descobriu agora?

Balançava a cabeça conforme a Caçadora ia falando, e sintetizou tudinho. Adorava como as coincidências insistiam em persegui-los. Poupava trabalho – Bom... é o que vamos descobrir.

Já estava acostumada com essas saídas de Faith. Entretanto, o comentário final fez com que Anne batesse o pé e resmungasse algumas frases irritadas e birrentas. Mas logo virou-se para Dean praticamente o desafiando a soltar qualquer gracinha enquanto as mãos se apoiavam na cintura de modo afrontoso.

- Eu não fico agindo feito uma boba! Ele é... Ele é só um cara, meu Deus... Mas que coisa... – deu as costas ao policial e saiu marchando, imaginando que ele a seguiria.


Depois que receberam as coordenadas, os dois foram juntos até a residência. Diante da mesma, Annelisa coçou a nuca, tentando pensar numa forma de abordar o suspeito da vez. Ela encarou Dean e suspirou – Eu tive uma ideia. A princípio... Que tal não envolvermos distintivos ou algemas, hum? Podemos dizer que... Nós acreditamos nele e temos algo a acrescentar sobre a pesquisa – Anne sorriu e fez aspas com os dedos – Que temos relatos pessoais a declarar... E que vimos... Coisas... Entende? Acho que isso chamaria a atenção e, no mínimo, nosso “cara” se interessaria em ouvir a história. Então...?

Qual vai ser, Dean?

Ser humano é o que deve limitar minhas atitudes.

Não é?

Essa sempre foram as regras do meu pai… Se não é humano, morre.

Puro e simples.

Preto no branco.

E isso que sempre pautou e facilitou minha vida.

E acredito que deve remeter ao passado, até meus ancestrais… Eles viviam pela mesma regra, não?

Agora eu tenho que ir contra as tradições?

Victor suspirava.

- Apenas a mim? Ele remete a gerações e mais gerações… Todos viveram sob o mesmo código. Agora que chegou minha vez de segui-lo, não vejo que ele sirva apenas a mim. Muitos estão vivos apenas por conta dele… Eu, inclusive – Ele suspirava – Você bem sabe que caçadores como meu pai ou meu avô teriam matado elas na primeira manifestação não humana…

E então ele respondia a pergunta.

Interligados.

Quer queira, quer não.

Lobisomens brancos.

Maldição que, como o código, remetia a gerações e gerações.

- Espera… - Pediu, mas a atmosfera ao seu redor se desfazia.

Ao abrir os olhos, dava de cara com a ruivinha.

Ela é uma bruxa, Victor… Hora de matar?

- Obrigado… - Respondeu, desviando o olhar de Willow.

Ao passo que esforçava-se para levantar, olhando em volta – Como estão Allison e Bree? - Perguntou, no mesmo tom de voz baixo e rouco.

Imediatamente as procurava com o olhar.

Vendo Bree sentada na mesa, ainda toda suja daquele sangue imundo.

Procurou por Allison, enquanto perguntava – O que havia de errado com ela?

Dean olhou para Anne e sorriu.

Dean: Relaxa, Annie... você é grandinha. Pode paquerar o emo que quiser que eu não vou te julgar.

Era uma provocação? Talvez... indiferente se fosse. Então, Anne sugere que eles façam uma abordagem menos de policial e mais de curiosos.

Dean dá de ombros...

Dean: Você é quem manda. No fim, se precisarmos do distintivo e de umas balas elas estão à mão mesmo.

Teve certeza de deixar as armas engatilhadas e com a bala já na agulha. Fez um sinal com a mão meio debochado/cavalheiresco...

Dean: As damas primeiro...

Você começa, Anne... o plano é seu...