[01 x 02] - O Segredo do Show

Em ordem:

Dean, Cora olha para você confusa como sempre. Ela segura o rádio e parece ponderar sobre suas afirmações.

Apenas para ter as explicações dadas pelo fiel empresário:

- Apenas Cora vai estar no quarto...Mas se vocês acham melhor, não vejo problemas.

Ela saia com o aparelho. Apesar que a expressão dela deixava em dúvida se realmente saberia usa-lo.

Ah sim, todos reunidos novamente!

E claro, os detalhes das garotas, não especializadas em uma situação daquelas é o menos preciso possível. As possibilidades são vagas, e as pistas não parecem assim tão boas. Enquanto isso, tudo que pode ser feito é garantir ainda mais segurança esperando o dia de amanha, pintando aqueles simbolos nas paredes.

Até que algo acontece.

Não algo exatamente fantástico, mas enquanto Alisson parece "pintar" o quarto daquela forma que poucas pessoas vão ver, o som de algo pesado caindo ao seus pés pode ser ouvido. O Seu todo enigmático livro cai aberto, de uma forma perceptível por todos, especialmente para Vitor sempre tão preparado a coisas como aquelas.

A parte curiosa é que...

Assim como todos, vocês conseguem ver claramente o que esta escrito:

"Runa de proteção contra Licantropia"



O simbolo deve ser feito a partir da seguinte mistura:

Nitrato de prata

Pólvora

Mandrágoras

Aquecer juntamente com mercúrio até a solução se unificar, recitando o mantra abaixo.

OBS: Apenas uma runa pode ser mantida por vez sem comprometer o conjurador.

OBS2: O conjurador não deve se afastar a menos de 3,5 metros do portador, ou a mesma perdera seu efeito."

O "mantra" não é visível por ninguém, apenas por Alisson.

De maneira semelhante a antes, "aprendiz de feiticeira", você não consegue escreve-lo em outro lugar, ou ao menos explicar como as palavras são ditas...

Magia geralmente funciona assim.

Victor...E apesar que seguir um livro parece uma ideia um tanto quanto maluca, é um palpite bem razoável.

Especialmente depois do "aviso" do conselho. Bem difícil ser apenas obra do acaso, que ao seu ver sequer existe.

Agora é uma boa hora para falar para eles Vic...O que achar que deve falar.

Talvez alguma pesquisa, ou uns telefonemas.

Se é que alguém ainda não entendeu. Dean? Anne?

E claro Alisson, você tem a solução de um problema:

Apenas se trata de convencer uma pop star completamente fora da realidade em deixar você "tatuar" aquele simbolo legal.

E manter-se perto dela.

Bem perto.

Vocês não ADORAM o caminho que escolheram?

A resposta de Victor não a surpreendeu, porque até mesmo para alguém como ela, que se esforçava para encontrar justificativas racionais para algo que não se pode explicar...

Bem, ela imaginava que força e destreza deveriam ser tipo uma característica em comum desses troços.

Ficou reparando nos movimentos de Victor e ele parecia aflito (e ficava ostentando o cabelo absurdamente liso e brilhoso...  u_u).

Isso porque ele ainda não conheceu Cora...

Anne trocou a posição, mas ainda ficava sentada, só que agora com os joelhos dobrados de uma maneira em que pudesse abraçá-los e repousar o queixo sobre eles, numa expressão meio desanimada e cansada.

- Um já foi morto...

Em resposta, Anne apenas balançou a cabeça, indicando que não.

- A única coisa estranha foi o comportamento de Cora, mas... Não acho que seja esse "estranho" que você está se referindo, Vic... É só um estranho normal.

Que a loira é doida.

Então, ele pegava umas latinhas de spray na mochila e entregava para Allie.

Ela franziu o cenho, confusa.

- Para que isso?

Ficou olhando enquanto Allison se preparava para fazer alguma coisa.

Mas o livro caindo no chão, aberto, roubou a sua atenção, e Annelisa se levantou para olhar mais de perto, não chegando a encostar obviamente. Ficava mais por trás de Allison e Victor.

Arqueou as sobrancelhas.

Runa de proteção contra Licantropia?

Lobisomens? (gente, ela assistiu todos os filmes de Anjos da Noite... serve como referência, né?)

Aquilo era MUITA coincidência.

Tanta que nem dava para acreditar.

Hmm, acho que excluímos algumas opções da lista...

E fazia sentido, não? Ao menos pelo básico que ela conhecia.

Por isso...

- Lobisomens...? Ai, Deus... - Anne sussurrou.

Dean estava deitado na cama em que Allie estava sentada, até que a garota levantou-se e começou a fazer algo na parede. Victor estava no quarto e o olhar que ele deu a Dean foi retribuído. Não o culpo de não confiar em Dean, Victor... ele também não confia muito em nenhum de vocês. Na verdade, ele nem sabe se deve confiar em sua mente. Porque até pouco tempo atrás, nada desse negócio existia para ele.

Não se preocupe... ele não vai zoar do seu cabelo, nem em pensamento. Ele não vai pensar em algo do tipo "diva" ou "Pocahontas"... Não vai pensar porque ele não é do tipo de policial metido a fodão, amargurado, que acha que frases duras de efeito resolvem o problema. Dean é um policial correto, incorruptível, que zela pelo bem dos outros e pretende se aposentar com uma carreira exemplar. De fato, quem o olhasse agindo poderia achar que era um policial "cordeirinho"... mas postura e habilidades eram coisas bem diferentes.

Ele ouve a explicação de Anne para Victor e apenas complementa, ainda deitado e girando a Badge da SWAT nas mãos.

Dean: Ela só é excêntrica, pessoal. Deve gostar de prticar Tai Chi, fazer Bonsai e Origami. Não tem nada de estranho com a Cora...

Porque de fato não tinha. Na verdade eles tinham de dar graças à Deus de ela não ser uma Amy Whinnehouse da vida, que estaria nesta hora drogada, quebrando o quarto pelada e tentando pular da varanda. Cora era do tipo que colaborava e não incomodava.

Quando o livro cai aberto, ele apenas olha para o lado... porque pra ele era apenas a porra de um livro caindo. As páginas não viraram misticamente, como o Necronomicon, nem nada do gênero. Ele fala um tanto incrédulo.

Dean: Caras, um minuto... Vocês vão basear toda a nossa estratégia de defesa por conta da página que este livro caiu aberto? Do tipo... e se o que estamos enfrentando não está neste livro? O livro ia cair e abrir em alguma página... Isso é fato. Não sei qualé a sua com o seu livro, Alisson, mas... vamos ser realistas, ok? O que nós metemos bala hoje, NÃO era um Lobisomem. Eu tenho mais pêlo que aquele cara que atacou a Cora.

Ok, por favor, se vocês têm uma razão pra confiar neste livro, por favor, me expliquem, porque eu não tenho.

Então, Anne fala sobre os ingredientes...

Dean: Pólvora nós temos aqui. Basta me arrumar um alicate que eu descasco duas ou três balas. O Nitrato de prata podemos conseguir em algum rolo de filme, ou de fotografia. É o nitrato que faz o negativo aparecer. Mandágora... bem, podemos ligar pra Hogwarts.

O último era uma piada, mas ao menos ele colaborou com dois.

Anne arrumou o que precisava e logo começou a "cozinhar" dentro do quarto. Ok... tomara que não haja alarme de incêndio. Ela perguntou sobre o rádio.

Dean: Claro. Quer que eu chame ela?

Se elas quisessem, ele chamaria, senão, não.

Dean: Cora? Tá aí? Precisamos te mostrar uma coisa. Pode vir até aqui no quarto?

Ah, Dean… Se você procurar sentido em tudo que fazemos, ficará maluco.

Então, Cora era bem excentrica… E todos pareciam concordar com isso.

Respirou fundo.

O ambiente em que estavam não era propício para isso.

Era muito movimento.

Pessoas demais.

Preocupações demais.

E muitos inocentes em risco.

Mas, com certeza, Cora não se afastaria de tudo aquilo para que eles pudessem cuidar dela.

- Proteção… Runas de proteção. Quando voltarmos eu te ensino… - Respondia a Anne, conforme tentava colocar os pensamentos em ordem.

- Pessoal… Eu estive com uns amigos… Para tentar encontrar algumas respostas… - Começava, respirando fundo novamente.

Revelar aquilo o incomodava.

Principalmente por Dean estar ali.

E Dean, você poderia até me chamar de pocahontas que eu nem ligaria.

Precisa de muito para me deixar irritado.

Mas fato é que, a Pocahontas tem informações que podem salvar vocês… Então, talvez seja melhor falar.

Vagarosamente ele puxou o papel que havia desenhado a runa – Lembram dessa runa? Que encontramos naquele bar… A boa notícia é que identifiquei o que é. Trata-se de um demônio, bem antigo e poderoso… De olhos amarelos. Um demônio que vários caçadores tentaram matar e não conseguiram… Quanto a Blair e Burton, não consegui nada relevante…

Enquanto falava, assistia Allison desenhar as runas.

Mas logo o livro caía, chamando a atenção de todos.

Victor aproximava-se com os demais, olhando para a runa – Também não acho prudente seguirmos a risca isso, Dean. Mas no momento, é o que temos de melhor… Apesar de eu não confiar no seu livro, afinal… Não sabemos de onde ele veio, quem era o dono e porque tem nos ajudado. De qualquer modo, sim… Equipem-se com armas de prata, não só munição, como facas. Mas não exclusivamente de prata, além de caro demais, não sabemos se o livro está realmente certo.. Quanto a Cora… Bom, mal não vai fazer, não é? - Ele dava de ombros.

Só então voltava a atenção para Allison preparando o feitiço, cerrando os olhos, buscando entender o que ela fazia, bem como, decorar o que dizia.

Não é bom ter a equipe reunida? Claro que sim.

Agora vamos ver o que vocês conseguem fazer juntos.

Sim, Cora é estranha. Bastante. E vocês parecem ja ter aceitado isso. È um passo importante. Sabe o que também é um passo importante? Vocês pararem para pensar que Cora esta segura no quarto dela, cercado de seguranças e corre risco de vida. Sair de la para atende-los, apesar de toda a sua boa vontade não parece um pouco...Arriscado?

De forma que ao tentarem o rádio, após alguns segundos tem uma resposta.

Mas não exatamente o que esperavam, sendo que John logo responde com calma:

- Desculpem...Mas Cora esta em seu banho de hervas, e depois disso ela entra em estágio de meditação e só vai sair do seu quarto pela manhã. Não se preocupem, ela esta segura aqui. Tratarei que nos encontrem a primeira coisa pela manhã. Caso precisem de qualquer coisa, nossa equipe esta a sua disposição.

Paciência.

Ao menos vocês não tem grande dificuldade em conseguir seus ingredientes. Bem....Como saber se funcionou? Vocês trouxeram um lobisomem? Após uma série de testes, a unica coisa que sabem é que realmente quando Allison se afasta além do indicado a runa parece "escorrer" e desaparece completamente. Infelizmente, o quanto a proteção vale vai precisar ser testada.

O ritual em si é bem simples, a unica questão são as palavras que Alisson diz. Palavras que ela parece falar com naturalidade, palavras que nem parecem soar como palavras, que ela apesar de conseguir ler não saberia escrever ou soletrar...Mas fala com perfeição naquele momento.

Curioso, pelo visto a garota aceitou tudo  isso com naturalidade. Tomara que Cora também.

Em uma noite de pesquisas, tudo que vocês conseguem descobrir sobre Cora é completamente irrelevante para a investigação, com direito a alguns fatos... "Interessantes":

- Sempre ao encontrar alguem, ela fala "Shanti, Shanti". A expressão não tem um significado.

- A explicação dela sobre "Shanti, Shanti" torna uma boa idéia não fazer perguntas a ela a respeito.

- Prefere não falar sobre relacionamentos, ela esta na "pior crise da sua vida" apos acabar um namoro de 2 semanas e meia.

- É vegetariana. Ela também não come tomates pois acredita que eles gritam ao serem cortados.

- A MTV considera ela "Maior que Britney e Aguilera", e quebrou o recorde da Shakira de público em NY ano passado.

- A musica veio a ela através de uma canção que a tirou da depressão do divorcio dos pais, aos 4 anos de idade

- Diz que não anda sem sua "pulseira da sorte" pois é "um imã espiritual entre os planos". (Ela achou a mesma no chão)

- Ninguém, realmente NINGUEM parece achar estranho a maneira que ela fala ou age.

Enfim, na manhã do dia seguinte, conforme prometido vocês são levados aonde Cora se encontra: O Estudio de gravação. John, o segurança que aparentemente não tem apenas tamanho e outras pessoas estão do lado de fora da área de gravação enquanto cora esta dentro do vidro com alguns musicos. Até mesmo o segurança parece mais simpatico sorrindo para vocês. Gratidão talvez? John logo aperta um botão do painel de som.

- Cora...Eles estão aqui.



Ela tira os fones e olha pelo vidro.

Agora é so convencer ela a deixarem vocês fazer uma tatuagem com aquele liquido escarlate.

E Allison não se afastar dela.

Bem simples.

Quando Victor disse o que aquilo e que depois explicaria para que servia todas aquelas coisa, Annelisa apenas acenou com a cabeça e ficou calada. E observando, claro. Afastou-se um pouco para dar espaço e cruzou os braços. Allison foi em busca dos ingredientes e não teve problemas em conseguir todo o material.

Nossa, talvez Annelisa jamais fosse se acostumar com aquilo...

Queria perguntar se com o tempo...

Bem, se com o tempo... a sensação de "só posso estar doida" sumia.

Já passou da hora, Anne.

Nem você mesma acredita em seu próprio ceticismo.

Então, Dean se mostrava incomodado com o fato deles acreditarem naquela coincidência, que na verdade... não era coincidência alguma. No entanto, Allie já se adiantava para explicar a situação e o motivos deles serem tão "crédulos". Ou quase...

E complementou.

- Melhor não arriscar... Ignorar os detalhes não costumar ser uma atitude inteligente... Além disso, ele poderia não estar em sua "verdadeira forma" - fez aspas com os dedos.

Vic voltava a falar e a atenção fixava-se nele.

Sentiu um aperto no coração tanto pelo fato de estarem em busca - ou sendo caçados, vai saber - por um demônio extremamente poderoso e experiente... quanto pela falta de informações sobre Blair.

- Isso... é péssimo. Mas... pelo menos não estamos mais completamente no escuro... - Anne franziu o cenho - Ele sabe que vamos procurá-la, e por isso a está usando de isca... Então... Ela ainda tem uma chance

Nós éramos sua chance.

Dean tentava contato com Cora, mas eles teriam que esperar até o dia seguinte...

Por isso,se concentram em terminar o ritual e conseguir o máximo de informações possíveis.

É, conseguiram.

Só fofoquinhas do tipo que agradam fãs retardados.

Depois do "trabalho", Annelisa voltou para o quarto e resolveu aproveitar um pouco da mordomia. E torcer para seu humor melhorar até o dia seguinte.

A manhã começou "boa".

Pelo menos, não tiveram problemas para encontrar a cantora, e não... ela não foi assassinada e transformada em migalhas nesse intervalo de horas.

Como Cora parecia ter se simpatizado mais com Allison, Annelisa ficaria mais na sua, caladinha.

Por enquanto, já que "modo silencioso" não era a sua característica mais... evidente.

Se é que existia.

[É apenas um adendo, não alterando ordem dos turnos]

Não havia problema em deixar Alisson, ou quantos mais quisessem entrar ali. Intervalo!

Cora parecia na mesma posição, segurando os fones. Era até mesmo difícil de saber se ela estava realmente ouvindo ou se sua "mente profundamente avançada" estava viagiando a milhares KM de distância dali.

Mas ao ouvir determinadas palavras ela piscava.

"Mal"

"Nos rondando"

"Proteção"

Ela se aproximava, ainda um tanto sem expressão e colocava ambas as mãos nos ombros de Alisson, fazendo um "sim" claro com a cabeça e sorrindo.

Deve ser um sim.

Curiosamente NINGUEM reagia mais uma vez como aquilo sendo algo estranho, a não ser vocês quatro. Alias ninguem sequer PONDEROU que agora vocês são 4 e não 3.

Mas não se preocupem, isso não é nada sobrenatural...Eles apenas estão acostumados.

- E como...Fazemos isso?

(Podem considerar que a..."mistura" esta com vocês, afinal é apenas uma "tinta")

Bem, o pessoal parecia saber o que estava fazendo. Dean não era muito de discutir com certas coisas... a sua carreira como policial o ensinou a ter humildade e seguir quem tivesse mais experiência no ramo. Era isso que tinha de ser feito. Depois de tudo o que passou naquele bairro infestado por zumbis, com toda a sua equipe tática morta, depois de tudo que enfrentou com Burton... era fato de que ele sabia de quase nada. E sem Burton ali, aqueles caras eram sua única opção de sair em um só pedaço de tudo aquilo.

Quando tentou se comunicar com Cora e alguém disse que ela estava no banho de ervas dela, Dean só meneou a cabeça. De fato, aquela menina era extremamente zen, especialmente pra alguém que estava prestes a ser rasgada ou devorada. Entretanto, bater de frente com os seguranças dela não iria ajudar em nada.

Alisson e Vic explicaram as coisas sobrenaturais que eles tinham de explicar. Dean ouviu tranquilamente para só depois dar a sua opinião.

Dean: Certo... sobre este demônio. Quem te falou sobre ele, disse como nós colocamos um fim à ele?

Foi a hora de falarem sobre as munições de prata. Dean sabia como fabricar balas. Ele precisaria de um molde de ferro que poderia comprar em uma loja de armas, afinal, ele tinha registro de policial.

Dean: Amanhã eu vou resolver o nosso problema das balas de prata. Encontrarei depois com vocês no estúdio da Cora, ok?

A noite foi tranquila e na manhã seguinte Dean NÃO foi ao estúdio. Ele acordou bem cedo e comprou um molde de balas de 9mm e outro .38, para Alisson, de em uma loja de armas e munições. Foi até uma loja de penhores e comprou um castiçal folheado à prata. Levou tudo para o quarto do hotel naquela manhã e pediu fondue de queijo.

Quando o fondue chegou, ele o jogou na pia e lavou a panela, secando-a bem. Pegou o seu canivete e raspou todo o castiçal dentro da panela, deixando-o riscado e com uma cor escura, pois toda a prata estava dentro da panela. Os companheiros já haviam saído para encontrar Cora. Ele então ligou o fogaréu do aparelho de fondue e derreteu a prata. Não foi difícil... O ponto de fusão da prata era muito baixo, por volta de 90 graus. Quando ela estava toda derretida, ele REVESTIU as balas de prata, para render o máximo possível. Conseguiu "folhear" por volta de 30 balas de 9mm e 4 de .38. Dividiu as 30 balas em 3 pentes e os guardou no bolso. Pegou as 4 balas de .38 e guardou também, indo encontrar os colegas.

[VOU CONSIDERAR QUE ELE NÃO OUVIU ESSE ÚLTIMO TURNO DA CORA, POIS VAI CHEGAR DEPOIS]

Victor apenas os acompanhava.

Anne ponderava sobre Blair.

Mas para ele não fazia muito sentido.

O que Blair tinha de especial? Nada.

Ela era rica e tudo o mais, mas isso normalmente significava problemas e não o contrário.

Fora que, como os outros caçadores, eu poderia simplesmente virar a página e seguir em frente.

Foi apenas mais uma baixa.

Então não se este maldito demônio realmente pensa assim, Anne.

Mas Victor apenas dava de ombros.

Logo voltava-se para Dean – Matar é um termo… Complicado de usar, em se falando de demônios. Demônios não são seres físicos… Demônios são criaturas espirituais, sendo assim para matar um demônio é necessário uma arma que destrua o espiritual. Arma estas que eu não possuo… Se você descarregar um M16 em um possuído, ele vai cair, levantar e rir da sua cara… - Ele suspirava, e desviava o olhar – Eu tenho apenas uma arma branca que esteve na minha família por gerações… Ela é capaz de enviá-los de volta ao inferno. E vai por mim… Não é algo que eles gostem, eles não voltam felizes e contentes. Encontrar um demônio é o pior que pode acontecer a um caçador… Principalmente sem possuir uma destas armas.

No dia seguinte, acompanhou Allie quem quer mais que fosse até o Cora.

Precisava ficar atento a todos ali.

Licantropos eram um tanto quanto… Chatos de serem identificados.

Fora que ele ainda não tinha apostado todas suas fichas nos pulguentos.

Por isso era necessário olhar bem aquela equipe.

Cora.

Analisá-los um a um.

E procurar por algo que tivesse escapado da atenção deles.

Bem, vamos la.

Victor e Anne ficavam do lado de fora da area da gravação, apesar de verem completamente o que se passava do lado de dentro. La, enquanto os musicos faziam um intervalo, Alisson explicava para uma atenta Cora a respeito de "Como o mal pode ser espantado com o uso de uma tatuagem que uma pessoa que você conheceu ONTEM se oferece para fazer em seu braço."

Sim Victor, você pensa que tem suas vantagens lidar com esse tipo de pessoas. Seus "casos" seriam BEM mais facéis.

Cora ouvia mais uma vez com atenção, olhando para os próprios braços expostos pela pela blusa sem mangas e virava-se lateralmente, no mesmo braço onde estava a "pulseira que achou essa semana e era um amuleto da sorte". Ela não expressava grandes reações com nenhuma parte do processo, e ela não podia ver, e ninguém fora vocês três, atentos, poderiam ver o brilho dizendo que funcionou.

- Mas...Como vai fazer isso? Com os ensaios, o show...

Antes que consiga responder, John vai até o painel do outro lado do vidro e aperta um botão, de maneira a ser ouvido:

- Podemos utilizar ela, mudar o posicionamento das garotas

E no mesmo instante os olhos de Cora brilham e ela sorri mais parecendo uma criança feliz em seu aniversário.

Então...As coisas começam a agir rápido demais Alisson:

- Você vai ADORAR o figurino! Temos algo do tamanho dela?

Vindo-se...De algum lugar, uma mulher de pouca expressão levanta seus braços e olha sua cintura: - Temos tempo, posso providenciar alguma coisa. Mas com essa pele ela vai precisar de muita maquiagem.

- Vou agendar o cabeleireiro para as 11 horas. - Dizia John novamente, ja apertando botões no celular. Cora segurava uma das mãos de Alisson, voltando a falar:

- Ah sim, a coreografia! É apenas uma questão de sentir a música! Você levanta os braços, fecha os olhos e deixa as energias fluirem, consegue sentir?

Tudo que você sente é uma fita métrica, a medida que a responsável retorna e esta como uma fita métrica ao redor de sua cintura: Ela faz um som de reprovação antes de sair: - Alguem deveria parar de comer sorvete na frente da TV...

- Vamos! Tente! - Independente de se mover MEIO milimetro, antes que perceba um par de mãos esta em sua cintura. Felizmente, não eram de Cora...Até você perceber que não fazia idéia de quem eram!

- Solte-se um pouco mais...Muito bom, ela leva jeito!

O que deveria ser um coreografo logo a soltava, e começava a falar alguma coisa a medida que alguém perguntava de seus hábitos alimentares, outra pessoa passava a mão no seu cabelo como se pensando em cortes, Cora seguia explicando sobre passos de dança, a figurinista tentava ver o numero de suas roupas e John falava ao telefone.

Bem vinda ao show Alisson!

Mas em meio a tudo isso...Victor percebe em meio a sua procura de algo estranho entre pessoas estranhas que um dos músicos no fundo da sala parece tossir, nada muito fora do normal. Entretanto que conforme o tempo do "ritual da runa" passa, ele parece desabotoar a gola da camisa e se apoiar contra a parede. Outros músicos percebem e perguntam se ele esta bem, ele faz um sinal de sim com a cabeça, mas gotas de suor insistem de escorrer pela mesma. Até um ponto que Anne também pode notar.

Logo quando Dean retorna e passa pela porta.

Estranho o bastante?

Figurinista

Coreógrafo

Permanecia num canto mais afastado, apenas observando. E quando Allison seguiu na direção da cantora, Anne não fez nenhuma objeção... Ela é todinha sua, Allie! Boa sorte!

Mesmo vendo de longe, ela podia enxergar as reações de Cora e Allie, e bem... Parece que a companheira teve êxito ao falar com ela. E Annelisa até conseguia imaginar o tipo de "conversinha" que Allison usou para convencer a mulher. Forças malignas querendo dominar o mundo?

Algo assim, né?

Anne não costumava ser tão amarga, pelo contrário... Mas andava cansada, sem dormir direito e preocupada.

Independente da personalidade de Cora, ela era a vítima, o foco. Como acoteceu com Blair. Afinal, a ruiva era terrível, metida e humilhava as pessoas.

Mas não merecia ser morta por um demônio.

Ficava repassando as informações de noite passada...

Aliás, precisava de munição de prata, já que as suas eram de sal e outras comuns.

Ah, claro... Também tinha a faca de Burton.

Então, as pessoas começavam a rodear Allison de um jeito estranho e era possível notar o desconforto da amiga.

Allie, vocês são amigas, né? Porque a Anne já te considera...

Ela nota sua carinha e mostra uma expressão compreensiva.

Aguenta firme, migs!!!!

- Hey, Vic... Será que a Allie disse algo que levantou suspeita? - parecia realmente preocupada, até que viu Dean passando pela porta... e só então notou a tosse do homem...

Ela franziu o cenho e encarou o índio e depois Dean.

- Ele não parece bem... Talvez precise de ajuda...

Não, ela AINDA não é médica, mas já tem um conhecimento básico do que fazer. E se o cara engasgou? Ou coisa pior... Não tinha como ficar parada, tendo consciência que poderia ser útil ali.

- Vou ver o que aconteceu...

E saiu andando, fácil assim.

Victor acompanhava tudo com uma calma quase sobrenatural.

Assistia Allie finalmente conseguir o que queria.

E ok, aquela mulher era bem bizarra.

Revirava os olhos vez ou outra, e se via com saudades do chapéu, assim poderia esconder suas expressões, já que no momento usava roupas bem sóbrias e comuns, com o cabelo preso em um rabo de cavalo.

Exibia um pequeno sorriso conforme via a equipe de Cora avançar sobre Allison.

- Fique tranquila, Johnson. Suas tatuagens são lindas… E não grude tanto nela, sim? - Resmungava para o coreógrafo com aquele meio sorriso irônico.

E então o cara começava a tossir.

Victor cerrava os olhos, e antes que Anne pudesse sair, ele a segurava com firmeza pelo pulso, a impedindo.

O olhar sobre ela era mais do que reprovador.

Você não aprendia não é, Anne?

Você era o maior erro ali.

Porque Allison ainda parecia usar a cabeça.

Já você parecia uma criança correndo de meias com uma tesoura na mão, torcendo para não cair.

Vagarosamente ele enfiava uma das mãos aos bolsos, e entregava um pequeno spray para Anne.

Os dizeres “Própolis” se destacavam na embalagem – Borrife nele… Vai ajudar na tosse.

Entendeu ao menos, né?

Borrife nele.

Não precisa necessariamente ser na boca.

Se ele recusar, espirra essa merda nele!

Tratava-se de Nitrato de Prata. Caso o cara fosse um ser humano comum, ou algo que não tivesse alergia a prata, ele simplesmente sentiria a língua queimar e talvez ficasse sem ar.

Mar… Se fosse um lobisomem.

Bom, se ele fosse um lobisomem, você iria descobrir o que iria acontecer, Anne.

[Em virtude dos acontecimentos, tratem como se o Dean AINDA não tenha chegado]

[Rapha, seu char vai chegar quando você conseguir turnar, dai vc ve a cena em questão]

Todos direcionavam um olhar rápido em direção a Victor, o Xerife sem chapéu, quando o mesmo era ouvido pelo microfone. Inclusive o próprio coreógrafo levantava as mãos como se "rendendo" mostrando que nem todos ali estão determinados a criar confusão:

- Desculpe, é seu namorado? Ele pode vir a nossos ensaios.

"Nossos"

E ele olha com meio sorriso Alisson.

A investigadora é você, descubra.

- Bobagem, eu sei que você consegue, vai se divertir tanto. O modelo é aberto aqui, e nas pernas, e nos ombros.

A explicação de Cora faz você pensar se realmente existe pano naquela roupa.

- Eu quis dizer que sua PELE querida. Quando foi a ultima vez que esteve embaixo de centenas de luzes, ou do sol?  - Ela justificava olhando para sua pele. Você não parece do tipo que faz bronzeamento artificial Alisson, e faz idéia de quanta luz tem no palco?

Vai saber, em breve.

- As vitaminas e a alimentação a base de soja ja foram passadas aos responsáveis, não queremos "deslizes certo? - A nutricionista não parecia tão irritante quanto a coreografa, realmente só estava fazendo o trabalho dela.

Mas sim Alisson. Soja.

Muita Soja.

- Talvez roxo? Rosa? Eu não sei, acho que loiro não ficaria bem nela.

Sim, eles estão falando no seu cabelo.

Mas vamos focar em outro ponto.

Claro Victor, elas ainda não sabem o que fazem.

E talvez, isso esteja mesmo prejudicando seu "estilo". Seu "modus operandi".

Porque o que acontece agora poderia ser facilmente evitado se você estivesse sozinho ou pensando racionalmente. Porque você consegue ver eles dali, mas deixa que Anne se aproxime...

A inesperiente Anne?

Bom, vejamos o que acontece.

O baixista próximo da espaço ao ver a garota preocupada, apesar que o musico que tosse apenas balança a cabeça como quem diz que esta bem. Apesar que visualmente parece cansado, fraco...

Até que Anne se aproxima, e com aquele frasco na mão.

Não é apenas voce o vacinado contra os "truques" Victor.

Anne, ao que você chega perto, com sua melhor das intenções, ele bate com um dos braços contra você. E a força é...Absurda, sendo que você é prontamente arremessada por pelo menos 15 metros e bate de costas na parede.

Por sorte, ele não esta tão forte quanto deveria.

Ou você nem ia conseguir levantar.

Mas apenas parece que...Você caiu de costas em um dia de chuva.

Mas doi, realmente doi.

- O que foi ISSO? - John pergunta, e todos olham na direção do musico, que tem suor escorrendo pelo rosto, parece respirar com dificuldade e olha na direção de Cora. Porque sim, estava esperando o melhor momento, e vocês estragaram tudo. Ele quer se aproximar e voar no pescoço da garota, mas não consegue. Por alguma razão...Bem óbvia para vocês.

Paciência, pelo jeito o plano ai entrar em sua fase decisiva mais tarde, durante o show.

Alisson, a parte boa de estar cercada de pessoas é que ele sequer tem contato visual ou vai fazer nada com você. A ruim? sua protegida não vai sair dali, e se afastar conforme explicado não é uma boa. Mirar dali, com a 'comitiva" de Cora no caminho? Talvez na próxima.

Por outro lado, Victor e Anne, que apesar de caido esta consciente, tem uma bela tragetória aberta ja que o musico parece fazer pouco menos de bancar o alvo, como se uma febre debilitante o atingisse.

Bem, preparar...Apontar...

Musico

Dean acabava de chegar no ambiente e já podia ver a muvuca acontecendo, mas não conseguia distinguir exatamente o que era. Estava na mesma sala que Victor, que era separada da sala de gravação por um vidro acústico.
Havia um homem, meio... muito suspeito, de pé na sala de gravação, enquanto as outras pessoas olhavam para ele assustadas e, do outro lado da sala estava Annelise, caída de costas sobre um monte de coisas, como se tivesse sido arremessada.

Dean sacou o revólver .45 que ficava no coldre perto da meia e apontou para o vidro, dando dois disparos, sem mirar em ninguém, apenas para quebrar o vidro e causar barulho.

Dean: TODO MUNDO PARA O CHÃO! PARA O CHÃO!!!!

Guardou o revólver nas costas e sacou a glock 22 da cintura, que estava carregada com as balas folheadas à prata, apontando para o cara suado. Aquele homem parecia ter algum problema, mas ele não tinha o menor dos traços de um Lobisomem. Podia ser só um cara tendo um mal dia... Dean não viu que ele conseguiu arremessar a menina por 15 metros...

Dean: Afaste-se dela! Coloque as suas mãos na cabeça e fique de joelhos, cara! Eu não estou brincando! De joelhos, agora!!!

Ainda com a arma apontada para o cara, ele nem desviou o olhar, mas gritou para Annelise.

Dean: Anne? Você está bem? Consegue se afastar daí e vir pra cá?

Se o cara se mexesse, iria levar "chumbo"...

Ela prontamente se virou quando o xerife a segurou daquele jeito, e bastou encarar seu rosto para Annelisa ver o quanto ele desaprovava sua atitude. Mas ela franziu o cenho e os olhos desceram até a sua mão, que a segurava de um jeito não muito "legal".

Ok, pode ser uma atitude idiota, e sim... quem sabe seja mesmo um erro aquela garota estar ali, Vic...

Anne tem muito o que aprender ainda.

E se ela sobreviver...

Quem sabe não tire algo dessa lição.

Ela arqueou as sobrancelhas enquanto pegava o spray, e sua expressão era igualmente séria.

- Tá... Eu entendi...

Então, caminhou na direção do rapaz, sentindo-se um tanto insegura agora, porém não voltou atrás com a escolha. E quando estava próxima do músico, ela teve como analisar suas feições, percebendo o quanto estava suado e com a aparência exausta...

Sério, ele não parecia ser um lobisomem. Nem se transformando em um...

Mesmo que ela só tenha base no que viu em filmes.

- Hey... Você está...

Ai.

Ela não chegou a erguer o frasco, embora os dedos já estivesse posicionados para apertá-lo.

Não teve tempo nem para se proteger da queda. Por sorte, a cabeça não foi o primeiro ponto de seu corpo a se chocar contra a parede. E ela não se mexia... os olhos estavam fechados... com força. Porque a loira tentava absorver a dor do impacto, e cara... difícil, hein?

Vamos lá, Anne...

Movimentos lentos...

Pelo menos não quebrou nada.

Finalmente abriu os olhos, mas a vista estava meio embaçada. Ela levou a mão sobre os lábios e tossiu algumas vezes, e nada de sangue também. Sem hemorragia interna.

Só dor... e vergonha.

Gritos.

E ela logo reconheceu a voz de Dean.

- Estou bem... - ahn? - Estou bem, não se preocupe!

Se apoiando na parede, ela consegue se levantar...

Ainda segurando a porcaria do spray.

Mas ela não andou até nenhum dos rapazes, ficando escorada na parede, e trocou o spray pela arma e já a apontava na direção do músico. Porém, ainda estava meio "lesada".

Viu?

Ela aprendeu algo.

Se existem demônios, vampiros, lobisomens...

Anjo da guarda também.

Porque só isso para explicar o fato dela ainda não ter morrido.

Vaso ruim não quebra.

Enquanto Allison e a equipe dedicavam-se a conversar, ele voltava sua atenção para o desfecho da cena.

E no momento em que o músico lançava Anne daquele modo, ele levava a mão ao cós da calça e sacava a 1911 que mantinha ali.

A Glock, obviamente, estava ali também… Afinal era sua pistola de estimação, com seu calibre perfurante.

Mas a 1911 tinha um calibre superior, além de um stoping power imensamente maior.

E era tudo o que ele precisava. Poder de parada.

Parar aquele animal antes que ele atacasse Anne de vez.

Arrependeu-se de deixar ela ir lá, com toda ingenuidade do mundo.

Mas ao menos esperava que agora aquela ingenuidade não fosse tão grande.

Por isso, diferente de Dean que pedia para que o cara não se mexesse.

Victor efetuava o disparo.

Aproveitando-se até da ordem do policial, mandando todos se jogarem ao chão.

Ainda assim, não era um disparo letal. Afinal… Ele estava no meio de todos ali há pouco tempo, e podia não ser o único.

Ele era… Útil vivo.

O disparo era na coxa, certeiro contra a musculatura posterior. O levaria ao chão, sem sombra de dúvidas.

E apesar de todo trabalho de Dean ao encapar as balas com prata, o tiro de Victor também utilizava prata.

Afinal ele estava no ramo há muito tempo, e tinha isso de prontidão para si.

- ANNE! LEVANTA E SAI DE PERTO! - Gritava, quase que em um rosnado, a ordem.

Conforme ia se aproximando.

Sem deixar de mirar o músico.

Ah, mas não podemos ficar para sempre chorando pelo leite derramado Victor. O passado...Passou!

Enquanto no presente, me meio a uma série de ameaças e gritos, o músico não parece muito disposto a parar. A resposta que Cora da a Alisson é segurar a mão da mesma, apesar que o grito de todos irem para o ch]ao é bem obedecido, e o vidro se estilhaça quando o disparo é feito. O alvo seguro a própria perna e cai de joelhos. Ele parece...Confuso. Não era para somente aquilo ter parado ele, não deveria ser assim. Algo esta acontecendo a ele.

Boa jogada Alisson, talvez acreditar em um livro não seja uma jogada tão ruim assim.

De qualquer forma, vocês conseguem muito bem tirar o agressor dali, e podem leva-lo para algum lugar onde podem...Descobrir mais a respeito dele. Entretanto nem tudo são flores: A apresentação é hoje a noite e Cora precisa ensaiar junto com sua nova...Melhor amiga. Porque não, aquele não foi o ataque final, esse vai acontecer muito em breve e...Bom, eu não vou deixar que vocês percam a emoção de interrogar a testemunha.

O ponto é: Um de vocês deve acompanhar Victor enquanto o outro...Vai garantir que Cora esteja bem.

E quem sabe, descobrir o porque dos ataques?

VICTOR
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Realmente o atacante parece mais...Ferido do que devia. Como se aquele disparo tivesse pego no meio do peito, e não na perna. Ele mal parece ter forças para ficar consciente, ali bem amarrado e realmente sem forças para se levantar e sair da cadeira. Até porque ele sabe que não vai sair dali. Vocês sabem que ele não vai sair dali.

Então...

- Vamos la...Eu estou morto de uma forma ou de outra. Façam suas perguntas e me deem uma morte limpa... - E logo começava a tossir novamente.

Pelo visto, ter uma bruxa não era assim tão ruim.

ALISSON
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Boa noticia: Você ainda tem seu cabelo da mesma cor.

Boa noticia: Você ainda esta com suas roupas.

Boa noticia: O Coreografo esta ali.

Entretanto...

- Eu estava pensando em rever a coreografia! - Dizia uma animada Cora, aparentemente indiferente a tudo que tinha ocorrido antes. - A entrada não parece espiritual o bastante, veja e me diga o que acha certo Alisson?

Ma noticia:

Qualé, estava doendo...

Ainda!

Só uns minutinhos para ela respirar, por favor.

Dean gritava.

E Victor atirava.

Com isso, e talvez outro erro, Anne abaixa a arma e se concentra em ritmar a respiração e aguardar um pouquinho até a vista ficar firme de vez. Porque ela estava enxergando tudo duplicado...

As pálpebras tremeram e logo, tudo parecia voltar aos eixos, ou perto disso.

Anne escutava a ordem de Victor, e sem responder, ela fez o xerife falou, seguindo por um lado contrário e tentava manter a postura. A postura de quem não foi arremessado por vários metros... tsc. E com extrema facilidade! Aquilo certamente doeu mais do que a pancada em si.

Allison também se aproximava e Anne balançou a cabeça, indicando que sim.

As cenas se desenrolavam naturalmente, e como esperado, iriam ter uma conversinha com o músico. Quem acompanharia Victor? Dean!

Pooooooooxa, Allison!!!

Mas Annelisa não protestou, nem nada.

Além disso, não aceitou ir para o pronto socorro, dizendo que estava bem. Mas tomou duas pílulas para dor, porque... estava com dor, dã.

Quando teve a oportunidade de ficar perto de Allison sem Cora em cima... ao menos, não muito, cochichou de maneira disfarçada.

- Talvez "ele" não seja o único... Vamos ficar de olho.

Porque agora ela vai realmente ficar.

Então se afastou, mas apenas o suficiente para que as meninas fizessem o ensaio em paz. Ficou num canto mais reservado e numa área em que teria uma boa visão de todos. E sorriu ao ver a dança de Allie... Ela arrasava!

Encostou-se na parede e só ficou assim, olhando...

Reparando nas pessoas...

Como Allie pediu, lhe dando cobertura.