[01 x 02] - O Segredo do Show

Alisson não tinha muito tempo para os aplausos...E não eram poucos, mas ninguém parecia ligar muito como ja acontecera ao longo do dia. Encontrava uma desmaiada Anne que parecia não se recordar de nada diferente de ter escutado a voz de Burton em sua mente, quer faça isso sentido ou não. Era difícil explicar o que tinha acontecido e respostas seriam ainda mais complicadas ainda mais se levarmos em conta que todos os aparelhos registrando aquilo foram incapazes de se manter funcionando para registrar aquilo...

Mais respostas que vão ter que aguardar.

Dean não tem grande trabalho em se livrar de seu amiguinho que mais parecia um rinoceronte. A dor em seu pescoço não se compara a dor de cabeça que ele teve, e estava tão fascinado com o "briho" que sequer reagiu caindo apenas morto ao chão. Curioso é o fato que no momento que um deles parece aceitar a regra de "atirar para matar", outro parece ter achado uma situação para fugir da mesma. É Victor, ele não chega a ser um agente da Matrix, mas parece um daqueles filmes surreais de artes marciais onde o cara brinca com você como se fosse uma criança atacando um adulto.

E da mesma forma, estava brincando.

Mas um detalhe que lhe fica confuso no calor do momento, é que os anciões dele não necessariamente são os seus Victor. Porque certamente ja se entendeu que eles não estão trabalhando sozinhos. Com certeza o lado negro também é bem organizado...Mas tudo parece sem importância frente ao clarão de luz. Seu adversário apenas tem tempo de sentir a facada e cair sobre o joelho. Pagando pela sua distração. Certamente você se aproxima, enquanto ele parece respirar pela boca, sem forças para resistir de uma maneira digna.

- Pelo visto me precipitei...Parabéns. Você venceu esse round. Mas o próximo vai ser mais complicado.

Victor mantinha a posição defensiva, mas o inimigo não atacava. No lugar disso, ouvia o barulho de algo se quebrar entre os dentes do seu "agressor". Ele logo parecia se engasgar e cair inconsciente, com uma espuma de cor de musgo saindo de sua boca. Não era preciso ligar para ninguém para identificar que se tratava de um veneno.

O que ele sabia, pelo visto era precioso o bastante para morrer por isso.

Uma vez que toda a bagunça é arrumada. Finalmente fica claro que se tratava da pulseira. Por alguma razão era preciosa para os lobisomens, talvez um item de de herança, reliquia usada em rituais ou qualquer coisa assim. De qualquer forma, fica ao seu critério decidirem o que fazer com ela uma vez que Cora ao saber que sua pulseira da sorte causara tudo aquilo sequer queria segurar mais a mesma e logo descartava a cópia. Entretanto, a mesma era toda alegria (e abraços) a Alisson, parabenizando e agradencendo por tudo.

Acabou, por hora.

Em meio a tantas perguntas sem resposta é hora de ir. Não existe muito a dizer, todos parecem apenas interessados em seguir em frente, para a nova cidade e o novo show. Se Alisson ainda tinha alguma esperança de ser salvo pelo coreografo, o mesmo aparecia apenas no final, parabenizando as garotas e em especial a ela. Pedia se ela tinha um cartão com seu telefone e se ele podia ligar em uma hora que ela não tivesse tão ocupada.

Mais uma vez, ao seu cargo.

Pelo visto vocês tem muito a pesquisar em sua cabana, mas isso é um assunto para outro dia...

Horas depois
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A porta lentamente se abria, e todos pareciam apenas esperar nas sombras disfarçando o nervosismo a sua forma. Finalmente, as portas se abriam e aquele que esperavam surgia diante deles. A luz pouco adentrava e a figura sorria, reconhecendo cada um de seus anfitriões, que ao contrário dele não pareciam tão bem humorados.

- Pelo jeito já os conheceu. Foi uma idéia curiosa a da pulseira.

- Apenas um pouco de caos... Eu aprendi com o melhor afinal...

A figura masculina que permanecia em silêncio não conseguia se conter e sorria, balançando a cabeça negativamente e falando em um tom calmo:

- Eu não treinei e criei um puxa-saco...

Pelo jeito, o aluno ja havia sido testado.

O recém chegado ria junto com o velho amigo, William entretanto parecia em um raro momento de mal humor

- Vamos esclarecer uma coisa: Você não é um de nós, e sabe disso.

- William...Não fique assim... Temos brinquedos demais, e todos podem brincar.

William concordava com a cabeça enquanto a jovem acariciava seu cabelo. Um novo silêncio era logo quebrado pela voz da ultima pessoa presente ali:

- Vamos encerrar a primeira fase em breve e então estaremos prontos. Estamos apenas começando...

Continua...